* Andesina
Vocábulo proveniente do alemão feld; campo e spat; uma rocha que não contém minério. Feldspato é o nome de uma importante família de minerais do grupo tectossilicatos, constituintes de rochas que formam cerca de 60% da crosta terrestre e cristalizam nos sistemas triclínico ou monoclínico. Sua cristalização se dá no magma, tanto em rochas intrusivas quanto em extrusivas; ocorrem como minerais compactos, como filões, em pragmatitas e se desenvolvem em muitos tipos de rochas metamórficas. Também podem ser encontrados em alguns tipos de rochas sedimentares.
O feldspato pertence ao grupo de silicatos de alumínio com potássio, sódio, cálcio e mais raramente bário, sendo que o primeiro tem grande aplicação na indústria da cerâmica e do vidro.
Na cerâmica, sua função é a de fundente, porque seu ponto de fusão é menor que a maioria dos outros componentes, servindo de cimento para as partículas das várias substâncias cristalinas, além de outros aspectos, como as reações químico-físicas.
Já na indústria do vidro, o feldspato fornece alumina, para aumentar a aplicabilidade do vidro fundido, melhorando o produto final, dando-lhe uma estabilidade química maior, inibindo a tendência de devitrificação.
O feldspato tem outras utilizações como na produção de vernizes e tintas onde é usado na produção de fitas metálicas, na produção de eletrodos para solda, abrasivos leves, além de ser utilizado em próteses dentárias.
Na maior parte de suas aplicações o feldspato pode ser substituído, total ou parcialmente, pela rocha nefelina sienito. Além dessa rocha, são também potenciais substitutos do feldspato: argila, talco, pirofilita, areia feldspática e escória de alto-forno.
O feldspato se apresenta na cor branco róseo, possuindo aspecto translúcido e transparente. Seu brilho é vítreo e não-metálico. Possui dureza entre 6 e 6,5 na Escala de Mohs e peso específico entre 2,5 e 2,8. Encontra-se na forma de cristal prismático ou compacto.
As reservas Brasileiras de feldspato totalizam aproximadamente 116 milhões de toneladas, sendo 41,4% reservas medidas, 28% reservas indicadas e 30,6% reservas inferidas. Entre os estados brasileiros destacamos São Paulo com 47,1%, Minas Gerais com 36,3% e o Paraná com 10,7% das reservas nacionais. Analisando por regiões estaduais temos os municípios de Castro – PR, com 11 milhões, Sorocaba – SP com 7,7 milhões e Itinga – MG com 4,2 milhões de toneladas. Com relação às reservas de feldspato, existe uma grande dificuldade para uma quantificação mais precisa, uma vez que ele ocorre em rochas pegmatíticas.
O Ba está presente em pequena quantidade na grande maioria dos feldspatos, mas só raramente ocorre como constituinte principal. De modo geral, são consideradas variedades de Ba quando o teor de BaO exceder 2%, sendo o feldspato com mais de 90% da molécula BaAl2Si2O8 denominado celsiana, e o com proporção menor de Ba denominado de hialofano.
Os feldspatos alcalinos distinguem-se dos componentes da série dos plagioclásios pela ausência (exceto no microclínio) de geminação lamelar, pelos índices de refração inferiores, menor densidade e pela presença de texturas criptopertíticas ou pertíticas e do quartzo pela geminação, índices de refração menores e caráter biaxial.
*banalsita
Os feldspatos potássicos podem ser reconhecidos por técnicas de coloração, tanto em seção delgada como em amostra de mão. O método mais prático é atacar a amostra com HF concentrado (em contato direto ou com vapor) por 15 a 30 segundo, a fim de preparar os minerais para a coloração. Se o ataque for só por vapor não há necessidade de emergir a amostra em água destilada, antes de emergir em solução de cobaltinitrito de sódio (60g em 1000ml de água), durante 15 a 20 segundos. Depois disto deve-se imediatamente passar a lâmina ou amostra de mão em água. Os feldspatos potássicos ficam com cor amarelo-pálido e, embora a mica branca e os minerais de argila possam por vezes absorver a cor, eles podem distinguir-se, por comparação, quando está presente o feldspato potássico em virtude da textura ou relevo ou intensidade de coloração diferentes. O quartzo e os plagioclásios não são coloridos, embora as fáculas de feldspatos potássicos nas antipertítas possam ser coloridas. Existe também métodos para colorir os plagioclásios.
Os minerais de feldspato estão divididos nos seguintes grupos:
Feldspatos potássicos (ou alcalinos)
Sanidina
Anartoclase
Feldspatos Plagioclase (ou clacossódicos)
Andesina
Labradorite
Outros felsdpatos
Paracelsiana
Sviatoslavita (Sem imagem)
Dmisteinbergita
Feldspatos raros
Buddingtonita
Reedmerfnerita
Banalsita
Estronalsita (sem imagem)
Lisetita (sem imagem)
Filatovida (sem imagem)
Fontes do texto:
Feldspato por Leonardo José Ramos.
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/feldspato.pdf.
Grupo da Feldspato por Fábio Braz Machado.
http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/silicatos/tectossilicatos/gfeldspato.html
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